Para o mundo Você não é especial, e é muito bom saber disso.
Muitas pessoas partindo do princípio de que elas são especiais colocam a si mesmas num pedestal e constroem na sua mente uma superioridade inexistente.
Mas esse sentimento de superioridade criada pela falsa sensação de que é especial e por essa razão merece um tratamento diferenciado não vem do nada, ela tem origem.das mais variadas possíveis.
Por uma questão de praticidade focaremos em três:
A primeira origem é a familiar.
No seio da nossa família, especialmente para os nossos pais, somos os mais bonitos, os melhores artistas, os melhores jogadores, ou seja, somos uns campeões em tudo, e isso cria na nossa mente a ideia de que o mundo também nos deveria ver da mesma forma e nos tratar como tal, o que obviamente não acontece.
Isso não quer dizer que os seus familiares sejam mentirosos, porque para eles realmente somos especiais mas para o mundo não, e no intuito de nos proteger, esqueceram-se de nos alertar desse pequeno detalhe.
É importante dizer palavras encorajadoras e por vezes palavras de consolo, mas essas palavras devem sempre estar acompanhadas de uma orientação prática.
Dizer que o filho é inteligente, sendo que os resultados da escola não o mostram, ele não passará de um "espertinho" convencido, e um condenado a uma vida sem resultados no futuro.
A atitude correta é tentar perceber as sua dificuldade e criar ferramentas para que essas dificuldades sejam superadas. Não basta encorajar, é preciso investir tempo e dinheiro dando ferramentas para os mesmos se tornem aquilo que o fez acreditar ser, caso contrário, o seio familiar serviu apenas para criar um convencido barato, que com certeza será um frustrado no futuro.
A segunda origem está na religião.
É comum ver no seio religião cristã a personalização do sacrifício de Jesus Cristo, bradando em seu interior, "eu sou especial porque Cristo morreu por mim" ou " eu não aceito a falta de nada, porque eu sou de Deus" quando nem o próprio Jesus Cristo colocou se como especial diante de Deus, antes baptizou-se como qualquer mortal, passou fome, sangrou sangue humano e nunca usou dos seus "privilégios" perante Deus para matar sua fome transformando pedras em pão para matar a sua fome no deserto e nem tampouco usou o seu "privilégio" para saltar da cruz mesmo que um dos ladrões em tom de provocação o sugeriu fazer. Andou a pé, e quando uma ocasião especial pediu um transporte a altura, preferiu usar um Jumento. Isso tudo para dizer que muitos cristão tentam se valer do estatuto de "filhos de Deus" para exigir coisas a Ele, instigados por correntes religiosas que colocam Deus praticamente como um empregado e que deve estar a disposição sempre que precisar, porque afinal de contas acha-se "especial" perante Deus e o mundo.
Para os que personalizam o sacrifício de Cristo, é importante lembra-los que Cristo sacrificou por todos pecadores levando os seus pecados a cruz, ou seja, todos que se reconheçam como pecadores. Inclusive um ladrão que roubou até os últimos dias da sua vida e reconheceu os seus pecados nos seus momentos de vida, e alcançou o que todos os cristãos almejam alcançar,
Essa ideia tem sido um dos maiores geradores de preguiçosos, acomodados e consequentemente frustrado no seio dos que acreditam em Deus, porque simplesmente dão conta que para o mundo não são assim "tão especiais" levando muitos a perderem a "fé" interesseira que outrora possuíam.
Entre os muçulmanos mais radicais isso também acontece, pois para eles há uma divisão entre fiéis infiéis, e obviamente acreditam possuir uma vantagem sobre os infiéis perante o seu Deus, e essa crença traduziu em várias guerras, que para eles é o cumprimento de uma missão que terá como recompensa 7 virgens, o que para os tais "infiéis" chama-se terrorismo e respondem com ainda mais violência, gerando guerras intermináveis. E há quem não se exploda com uma bomba atada ao corpo, mas acredita que possui algum nível de superioridade perante os "infiéis" o que é absolutamente falso.
A terceira origem vem dos diplomas e títulos que se acumulam ao longo da vida.
Muitos de nós já tivemos a desagradável experiência de lidar com alguém que ostenta títulos de licenciado nisso, doutor naquilo, campeão deste ou daquele desporto, e por essa razão arrotam prepotência sobre os demais, com o intuito de mostrar que são superiores aos outros baseado no simples fato de possuírem um diploma, porém o que mais vemos nos nossos dias e veremos ainda mais no futuro, são "diplomados" frustrados e incertos sobre o futuro, não por culpa do "mundo cruel" mas pela sua incapacidade de se reinventarem e adaptarem as regras do mundo, que não espera pelo seu diploma ou seus títulos, porque elas em si, de nada servem, mas sobre como pode contribuir para solucionar os problemas do mundo.
Repare que as pessoas mais bem recompensadas no mundo, ou seja, ricas, não possuem um diploma, mas uma capacidade incrível de contribuir com o mundo e agregar valor a ele, e justamente por essa razão o mundo os recompensa com dinheiro e fama e poder.
Em revista a esses três pontos mencionados, podemos concluir que o mundo espera de cada um resultados e valor agregado, e isso não depende do que a família, as suas crenças induzidas pela religião, ou os teus diplomas e títulos dizem sobre si, mas o que você enquanto indivíduo dá ao Mundo.
É claro que é importante o apoio familiar, ter uma crença forte e ter um preparo académico mas isso para o mundo não vale nada, porque não nos exima da responsabilidade de trabalhar duro para agregar valor ao mundo e ser recompensado por isso.
Ir para a arena da vida com a crença de que possui algum tipo de vantagem sobre os outros porque a Mãe e o Pai lhe disseram, porque a autoridade religiosa lhe disse ou até os melhores professores lhe disseram, sem um preparo e disposição para provar ao mundo o seu valor, o fracasso é quase garantido.
Tudo isso para dizer o seguinte:
Trabalhe em si, valorize-se, prepare-se o máximo, nunca pare de aprender, e depois arregaça as mangas e vai trabalhar duro para provar o seu valor, sim, provar, porque vivemos num mundo de resultados, e não de palavras.
Já reparou que todos nós sangramos, adoecemos e morremos?
Com isso a natureza deixa um recado muito claro, resta saber se você a entendeu.
Grato pelo seu tempo e pela leitura.
Elton Furtado
Se analisarmos vemos que as pessoas mais bem sucedidas não apenas monentariamente mas nos outros aspectos vemos que são pessoas doadoras que quando criam algo ou fazem olham para o benefio que isso fará nas pessoas.
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